| 17/01/2009 10h59min
As lembranças do acidente da última quinta-feira com o ônibus da delegação do Brasil-Pe ainda estão bem claras na memória do técnico Armando Desessards.
— Eu estava meio sonolento, mas acordado. Estava sentado no primeiro banco do ônibus, um andar acima do motorista, e vi que ele não ia conseguir vencer a curva. Tentei me segurar no banco, mas numa das primeiras capotagens, fui jogado para fora pela janela lateral. Fiquei consciente durante todo o tempo — contou a Zero Hora, no quarto do Hospital Mãe de Deus, onde está internado com fratura com luxação no tornozelo e duas costelas quebradas.
Desessards relatou ainda que não usava cinto de segurança, e seu maior medo é que o ônibus virasse por cima dele. Muito abalado, ele diz que ainda não parou para pensar no futuro:
— Não sei se vou continuar treinando. Minha prioridade agora é a minha recuperação.
Desessards, que assumiu o Brasil-Pe no dia 15 de dezembro, lembra
emocionado dos companheiros de clube — o centroavante
Claudio Milar, o zagueiro Régis e o treinador de goleiros Giovani Guimarães — que morreram na tragédia:
— Estou muito abalado com as mortes que ocorreram. Perdemos três pessoas muito significativas na equipe. O que me dá força agora é a minha família.
Fotógrafo de Zero Hora em Pelotas, Nauro Júnior acompanhou de perto os trabalhos de resgate ao ônibus do Brasil-Pe.Ouça o relato:
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